Os Lusíadas - Anotados e transpostos em português
atual
“Ler a
Ilíada é reclamarmos o lugar que por herança nos cabe no processo de
transmissão da cultura ocidental: cada novo leitor acrescenta mais uma etapa,
ele mesmo um novo elo” [Frederico Lourenço, Ilíada (tradução), p. 7].
Gostaria de ter sido eu a proferir estas palavras – e fá-lo-ia,
sem hesitação, a respeito da Ilíada. Mas este texto seria igualmente válido
se referido a Os Lusíadas.
Os Lusíadas são a obra fundamental da nossa cultura.
Foi no Poema que primeiro se fez
uma análise sistemática e profunda da maneira de ser português.
Quando, antes de Aljubarrota, alguns nobres hesitavam em pegar em
armas contra Castela, Dom Nuno despertou-lhes o orgulho, assim:
Como? Da gente ilustre portuguesa
Há de haver quem refuse o pátrio Marte?
…..
Como? Não sois vós inda os descendentes
Daqueles que,
debaixo da bandeira
Do grande Henriques, feros e valentes,
Vencestes esta gente….?
(Canto IV, 16 e 17)
Estas palavras mantêm-se válidas hoje, para nós. Os Lusíadas, agora, somos nós.
Aqueles heróis deixaram descendentes…Agora, Os Lusíadas somos nós!
Se os estudarmos, lá nos veremos. E sentiremos, decerto, uma
imenso orgulho de sermos descendentes de tal gente.
E, agora, finalmente, é muito fácil ler Os Lusíadas, disponíveis em Google
books, na Kobo, na Wook, na Livraria
Cultura (Brasil) e, ainda, na amazon.co.uk e na amazon.es, e outras.
Todas essas livrarias online apresentam vastos fragmentos
da obra. Quem tiver interesse
em ver o que são estes Lusíadas,
bastar-lhe-á entrar nessas
livrarias.
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