sábado, 7 de maio de 2016

As linhas que perduram
António Salvado, Edição RVJ Editores Lda

O António Salvado acaba de publicar um outro livro…de versos, como é natural. Há muitos anos que ele respira poesia, e, felizmente, o verso não dá quaisquer sinais de murchar nos seus lábios; antes me parece ganhar qualidade. Tenho a impressão de que estas suas linhas que perduram têm qualidade para perdurarem longamente.
Claro está que este meu juízo não tem qualquer validade crítica; nem eu, em tal matéria, tenho saber capaz de emitir juízos de valor. Mas sinto que por todos aqueles versos perpassa uma beleza que não sei explicar, mas que me prende.

Este livro de poesia não é mera coletânea de momentos poéticos diversos, como há muitos e, em muitos casos, de grande agrado e merecido sucesso.
LINHAS QUE PERDURAM é livro de tese – e resulta de uma sucessão de respostas multifacetadas a três momentos de vida: três temas, claramente definidos: 
1: Da vida / da morte; 2: Névoa com brancuras; 3: A gazela fugidia (elementos para um outro Cantar dos Cantares).  
Por palavras, decerto menos poéticas (as minhas), este livro é resposta a três teses: 1: a vida e a morte não são um mundo fechado em noite escura; 2: porque é sempre possível a esperança – 3: Deveremos, pois, aspirar a um mundo de luz em percurso místico, porque é em tudo e em todos que Deus mora (verso 13 de Amado de Albicastro).

Não faremos uma análise global da obra, que isso é tarefa para críticos literários. Mas, como professor de português, tomarei um dos seus poemas, e farei aqui a sua análise como se estivesse ainda a dar aulas. Para um professor os alunos são eternos.


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