quarta-feira, 27 de novembro de 2024

 

O Ciberdúvidas vai às Escolas,

mas vai coxo…

 

Problema grave no estudo da Gramática em Portugal é que muitos professores vivem amarrados a ideias que correram no século passado, e  que ainda persistem por falta de estudo. O mal está em disseminar erros entre alunos e, coisa  muito grave, em escolas do Estado – e os responsáveis não se importam.

Em 21 de outubro e em 13 de novembro, afirmei neste blogue e no Facebook, e justifiquei, que os verbos copulativos NADA têm a ver com predicativos do sujeito, conforme consta na Gramática Explicativa da Análise Sintática, acessível a todos, todos, no GOOGLE Play Livros.

Dois Consultores do Ciberdúvidas, porém, em claro afrontamento ao que nela exponho sobre verbos copulativos, decidiram insistir nos seus erros  sobre o predicativo do sujeito; e, depois de terem ido à escola de Nelas, atingiram agora os alunos das escolas de Díli com soluções que  nada (mesmo nada!) têm de copulativo.

Se consultarem o Dicionário da Academia, observem que as entradas do verbo FICAR, até à 15.ª são todas próprias de verbos PLENOS – e verbo pleno é o avesso de verbo copulativo.  Só no grupo II, quando usado com o sentido de passar a ser, estar ou tornar-se é que o verbo FICAR é auxiliar, leve ou de apoio – e, quando assim, forma predicados complexos. Deveriam corrigir o que disseram aos alunos de Nelas e de Díli.

Caros Colegas, a SINTAXE mudou, mudem os Colegas também – como eu mudei, trabalhando arduamente, investindo na compra de boas gramáticas modernas e aplicando a textos dos nossos melhores escritores aquilo que fui aprendendo. Têm agora à vossa disposição, pela primeira vez – e nada conheço de parecido em qualquer outro país – mais de mil orações e proposições analisadas sintaticamente. Nunca assim se ensinou a SINTAXE.

Esta Gramática Explicativa da Análise Sintática pode ser uma boa muleta na vossa tarefa. Eu estudo Português, Latim e Gramática há 75 anos. E gosto do que faço.

Se nalgum aspeto discordarem da Gramática que vos proponho, não hesitem: exponham anonimamente, nos comentários do meu blogue, a vossa discordância. Farei o que puder para ajudar.

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